O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), afirmou nesta
sexta-feira (13) que o programa social Cartão Reforma, que vai repassar
dinheiro a fundo perdido para a reforma de residências de baixa renda,
será iniciado em um ato simbólico com o presidente Michel Temer (PMDB)
em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. A data ainda não está marcada, mas
será em abril ou maio, disse. O Cartão Reforma é apresentado pelo
próprio ministro como um “programa social tucano”.
Caruaru passou a ser governado, em 2017, pela prefeita tucana
Raquel Lyra. De acordo com Araújo, Caruaru, a 120 quilômetros do Recife,
será a primeira cidade do País a receber o programa, através de um
projeto-piloto. O município atualmente é a maior cidade no interior do
Nordeste governada pelo PSDB. A cidade é conhecida nacionalmente pela
Feira de Caruaru, imortalizada na música homônima de Luiz Gonzaga.
Questionado sobre a escolha de um município governado por uma
prefeita do PSDB, Bruno Araújo fez menção justamente ao peso político e
cultural de Caruaru para o interior do Nordeste: “Não há cidade mais
emblemática para trazer o presidente Michel Temer”.
O programa consiste no financiamento de reformas residenciais
através da Caixa Econômica, que vai operar um cartão com um valor
pré-definido. De acordo com Bruno Araújo, o programa terá um aplicativo
de celular para ajudar na governança e evitar o descontrole nos gastos,
incluindo identificação facial e uso de GPS para localização dos imóveis
beneficiados. “Todos os dados serão compartilhados com o Tribunal de
Contas da União em tempo real”, afirmou Bruno Araújo.
Pelo formato atualmente planejado, o ato simbólico previsto para
abril ou maio vai consistir na entrega, pelo próprio presidente Temer,
de um Cartão Reforma a um membro da primeira família beneficiada pelo
programa social. A seleção vai ocorrer através da inscrição de governos
estaduais e municípios, em um processo que terá início em março.
Em Pernambuco, o ministro é cotado para disputar um cargo
majoritário – seja como candidato a senador, seja como candidato a
governador. Mas no momento se mantém em um bloco que se declara
“independente” do governador Paulo Câmara (PSB), depois que a gestão
socialista pediu de volta os cargos e expulsou o PSDB e o DEM do seu
arco de alianças, a Frente Popular, por causa das eleições 2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário